sábado, 6 de fevereiro de 2010

Parque Nacional Bosque de Fray Jorge



Subimos bastante, mas não até o fim
Na altura da Caleta La Cebada, começamos a nos afastar do mar e o deserto pedregoso tomou espaço nas duas margens da "ruta 5", com impressionantes rochas se erguendo do chão com desenhos complicados, e sulcos esculpidos pela erosão. Logo depois de um remoto posto policial, está a entrada para o Parque Nacional Bosque Fray Jorge, que desde 1977 está incluído na lista da UNESCO como reserva da biosfera.
Para chegar à entrada do parque tomamos um caminho sem alfalto, de 24 km aproximadamente. A paisagem é interessante, com muitos cactos e uma vegetação rasteira que parece seca, mas na verdade tem vida e até flores. Passamos por duas pequenas aldeias de 10 casas mais ou menos e enfim, chegamos. Uma moça saiu da guarita na entrada do parque e nos informou que o caminho para subir e passar ao outro lado da formação montanhosa dos altos de Talinay estava muito ruim para carro sem tração nas quatro rodas. Recomendou que fossemos até o centro de visitantes para ver fotos e ouvir explicações sobre o parque e deixassemos a subida para outro dia. Só que não teremos outro dia.
Entramos fomos ao centro de visitantes. Mesmo essa área é muito bonita, com uma formação de cactus linda, e a visão de uma grande planície árida que se estende até o pé das montanhas. Ouvimos as explicações do guarda florestal, vimos fotos da flora e fauna que encontraríamos do outro lado, usamos os banheiros. Juan resolveu tentar a subida.
Chegamos até bem alto, desviando de atoleiros de areia solta, até uma parte muito íngreme, quase no fim da trilha ascendente. Aí, o carro não quis mesmo subir, patinou, pesado como está e com tração traseira. Poderíamos seguir a pé como alguns estavam fazendo, a julgar uns carros deixados ali perto, mas considerando que seria impossível para Pancho e Isabel, resolvemos voltar.
Fray Jorge rendeu bonitas fotos, mas nos deu também uma certa frustração. Lidamos bem com isso, porém. Na saída do parque, paramos para fazer um registro e recebemos a visita de um pequeno lobo típico da região, que é chamado "zorro". Dei pedaços de allulla para ele que chegou muito perto de nós. Voltamos à ruta 5 para La Serena, duas horas e meia depois de tê-la deixado.

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