terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Antofagasta

Antofagasta
Na sacada do hotel Marina, Thaís força um sorriso: baixo astral

Acordamos no Hotel Marina, com um sentimento de perda muito grande. Parecia que tinha morrido alguém. O incidente com o bagageiro baixou o moral da turma, todos ficamos chateados, principalmente por perder as lembrancinhas que tia Chabela comprou para nós com tanto carinho. Conforme repassamos o ocorrido, começamos a lembrar de outros objetos que perdemos. Thaís chegou a chorar por um sapato que ela gostava muito e que agora jaz no deserto do Atacama. Isabel perdeu o ursinho de pelúcia que Maria Luíza deu no dia de nossa visita à casa dela, em San Felipe. Os potes com farelo de trigo e linhaça de Pancho, voaram também. Chaveirinhos de Valdívia, tiaras de Puerto Mont, porta-jóias e marcadores de livro de Valparaíso. Que chato.
Mas, apesar das baixas materiais, a aventura continua. Depois do café, eu e Juan fomos ao supermercado "Líder" comprar alguns artigos de higiene para repor os que voaram e fazer o nosso estoque de água mineral para enfrentar o trecho mais crítico do deserto, de Antofagasta à Calama. Como perdemos muito tempo para dar um jeito no bagageiro e para tentar -- sem sucesso -- reaver algumas coisas, acabamos por passar no monumento Mão do Deserto quando já estava noite alta. Vamos então voltar 70 km, só para vê-lo. As crianças, vendo a praia pela sacada do hotel, estão doidas para experimentar mais um pouco do pacífico. Juan tem que fazer uns acertos no carro e providenciar um conserto mais definitivo no bagageiro avariado, já que não vamos poder ficar enrolando e desenrolando fitas adesivas à volta dele.
Combinamos então que ficaremos mais um dia aqui em Antofagasta, nos recuperando emocional e físicamente, antes de prosseguir. Hoje vamos deixar as crianças passarem a tarde na praia, enquanto cuidamos dos consertos no carro. Assim, Pancho também pode descansar um pouco.

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